domingo, 29 de agosto de 2010

LINGUAGEM TATIBITATE

 


"[...] Linguagem tatibitate - É um distúrbio (e também de fonação) em que se conserva voluntariamente a linguagem infantil. Geralmente tem causa emocional e pode resultar em problemas psicológicos para a criança [...]"


A partir do exposto acima é possível compreender de uma maneira simples o significado da linguagem tatibitate.Pense na fala da uma criança no processo inicial da linguagem falada.Quem nunca achou uma gracinha quando a criança diz “qué aca” ou “paca pota” ou ainda “dedê té pincá”?Lindinho mesmo, não é? Traduzindo a fala fica assim: “quero água”...”faca corta”.....”nenê quer brincar”.O que ocorre na linguagem tatibitate é exatamente isso, a fala infantilizada que, infelizmente, é reforçada com a repetição daquele que já se apropriou do modo correto de falar, seja no grupo familiar ou social. Normalmente repete-se o que a criança diz no mesmo modo, o que faz com que ela vá perdendo oportunidades de aprender a pronúncia correta das palavras.A criança relaciona, por exemplo, algumas palavras a verbos conjugados no passado. Quando ela diz “trazi” ou “fazi” está associando a “comi”, “bebi” etc.Não está errada a maneira como ela fala, está sim, precisando ouvir a maneira correta de se pronunciar as palavras.Deve-se evitar corrigi-la aos gritos, porque a criança não tem culpa de ainda não ter aprendido a falar, e menos ainda se aos 9 anos ela ainda fala como um bebê. Às vezes a mamãe não quer que o bebê cresça, e ela é a pessoa que está mais próxima dele exercendo grande influência na sua vida.Ao invés de falar da mesma forma que as crianças deve-se repeti-las corretamente.Quando a criança diz “qué aca” é necessário responder com boa articulação e de preferência, que ela possa visualizar o movimento bucal. Pode-se perguntar a ela: “Você quer água?” ou “É verdade, a faca corta.” ou ainda “Você quer brincar?”É fundamental que todos os envolvidos no processo de desenvolvimento da criança (família, parentes, escola etc.), estejam atentos a isso.Realmente quando a criança começa a falar é bonitinho, mas o “bonitinho” pode gerar sérios problemas.Na fase da alfabetização, por exemplo, poderá ocorrer a manifestação do distúrbio também na escrita, na leitura e deve ser corrigido com delicadeza.Pelo fato de haver a possibilidade de o distúrbio ter como uma das causas interferência do aspecto emocional deve-se encaminhar o caso a um psicólogo.Deve-se também encaminhar a um fonoaudiólogo para correção fonética. Vale ressaltar que esse distúrbio pode causar problemas de aprendizagem, portanto um psicopedagogo poderá auxiliar. É uma situação que deve, como tantas outras, ser bem compreendida e merece atenção e cuidado.Atenção! No início pode ser visto como característica normal da linguagem, porém se perseverar ao longo do tempo é necessário que haja avaliação de especialistas. Lembre-se: Pais e Educadores são modelos para as crianças.


ALGUMAS SUGESTÕES PARA PAIS E EDUCADORES AUXILIAREM A CRIANÇA NO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM (Redação Crescer)



- Promova o diálogo


- Aproveite situações do cotidiano para ouvir o que seu filho está falando e conversar com ele apresentando o nome das coisas. Assim, as palavras ganham significado e são gravadas com mais facilidade.

- Na hora das refeições, fale do prato, da colher, das cores e consistência dos alimentos.

- Aproveite o banho para nomear as partes do corpo e narrar as ações que a criança estiver fazendo: pegar o sabonete, a esponja, jogar água, esfregar a perna.


- Faça comentários sobre a forma e a textura dos brinquedos.

- Conte algo do dia com detalhes interessantes para a criança: o momento em que a vovó telefonou, uma coisa que você viu na rua.


- Leia e conte histórias.
- Ouçam e cantem juntos músicas e historinhas infantis.


Referência:
FONSECA, Vitor - Escola. Quem és tu? Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.

ASSUNÇÃO, Elisabete da. COELHO, Maria Teresa. Problemas de aprendizagem. São Paulo, SP: Editora Ática, 2002.

http://www.psicopedagogiabrasil.com.br/

http://revistacrescer.globo.com/


FONTE:   http://www.psicopedagoclieduc.blogspot.com/

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